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O LUTO NA INFÂNCIA E O BAIXO DESEMPENHO ESCOLAR

  • saudeclisam
  • 24 de nov. de 2014
  • 2 min de leitura

"É a imagem na mente que nos une aos tesouros.

Mas é a perda que dá forma a imagem.”

Collete

Quando pensamos em perda, em luto, pensamos na morte das pessoas que amamos.

Perdemos, não só pela morte, mas por abandonar e ser abandonado, por mudar e deixar coisas para trás e seguir nosso caminho.

As perdas não incluem apenas separações e partidas dos que amamos, mas a perda consciente ou inconsciente de sonhos românticos, ilusões de liberdade e poder, ilusões de segurança, expectativas impossíveis, a perda da juventude imune às rugas, amputação de um membro ou extirpação de um órgão, mudança forçada de residência, divórcio, aposentadoria.

O ser humano é incapaz de oferecer a si mesmo e aos outros completa proteção contra o perigo, a dor, contra as marcas do tempo, contra a morte.

As perdas fazem parte da vida, de acordo com Viorst “As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, abandonar e desistir.”

O luto pode ser uma reação normal, até mesmo esperada, diante do rompimento de uma relação significativa que envolve vários motivos.

O processo do luto na infância por perda de entes-querido, a criança fica num estado de fantasia como se aquele fato não aconteceu, distanciando-se da dor.

O não contato com a dor vai fragilizando e despedaçando cada experiência emocional e ela cresce de modo imaturo, insegura, com dificuldades de aprendizagem, armada e com defesas, às vezes sem possibilidade de abrir-se de novo, para o viver.

As fases do luto em crianças incluem:

Choque/ negação: Nesta fase, a criança é confrontada com um acontecimento doloroso ou circunstância, e se recusa a acreditar no que aconteceu ou procura uma explicação menos dolorosa.

É caracterizada pelo estado de dúvida e dificuldade em aceitar a perda. De forma inconsciente, este mecanismo de defesa faz com que a criança não encare ou procure não acreditar no sucedido.

O sofrimento pode transformar-se em distúrbios da atenção diminuição do rendimento escolar, distúrbios da fala, ansiedades, obsessões, fobias, ritos, tiques, apatias, medo da solidão, do escuro, do estranho.

O impacto que o luto tem sobre a criança muitas vezes necessita de avaliação psicológica para que o profissional possa identificar as medidas de intervenção que serão propostas.

“A resolução do luto” é o fenômeno que corresponde à capacidade de “reparação da ferida” que a perda de alguém ou algo causa, corresponde à transformação de vivências em memórias.

O luto é assim um tempo obrigatório entre duas fases da vida: aquela que deixamos porque nos separamos do ente querido e aquela que virá depois de o termo deixado partir e que será completamente diferente da precedente.

Cátia Cilene dos Santos Tenório

Psicanalista Clinico

Psicopedagoga

Mestre em Saúde Mental


 
 
 

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