SÍNDROME DE CAPGRAS
- saudeclisam
- 18 de ago. de 2015
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A síndrome de Capgras, também conhecida como delírio de Capgras, ilusão de Capgras ou ainda como paranóia de Capgras, foi descrita pela primeira vez em 1923 no boletim da Sociedade Clínica de Medicina Mental, na França, por Jean Marie Joseph Capgras e Jean Reboul-Lachaux.
Sua característica clínica principal assenta-se no fato de que o paciente passa a acreditar que um familiar próximo torna-se um impostor, um duplo, a despeito do reconhecimento de sua familiaridade na aparência e na conduta. Em decorrência da ideação delirante, esse “impostor” ou “duplo” possui um caráter persecutório.
A ilusão é mais comum em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, embora possa ocorrer em variadas condições, como dano cerebral e demência.
Tais pacientes podem continuar convivendo com o “impostor” ou “duplo”, apesar de “secretamente saber” que ele não é a pessoa que se diz ser.
Os portadores da síndrome de Capgras podem distinguir rostos e achá-los familiares, mas eles não associam o rosto à verdadeira sensação de familiaridade. “Aquela mulher parece com a esposa, mas ele não sente que ela realmente seja sua esposa”. O portador não tem os sentimentos que deveria ter quando olha a pessoa com o rosto de sua mulher. Sua condutância da pele permanece a mesma, como se estivesse olhando para uma pessoa totalmente estranha.
O neurologista é o profissional mais adequado para detectar e diagnosticar esta doença, bem como para estabelecer o tratamento mais adequado para cada paciente. Uma vez controlado os sintomas psicóticos é favorável iniciar tratamento psicológico e a terapia familiar, a fim de melhorar o relacionamento entre os membros da família para que esses não se tornem um obstáculo à recuperação, mas uma ajuda para o paciente.
Cátia Cilene S. Tenório
Psicanalista, Psicopedagoga
Mestre em Saúde Mental
21-988374979

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